Se você é médico, está buscando alguma especialização, com uma facilidade em lidar com crianças, então você precisa considerar a pediatria como uma escolha.
A residência em pediatria é um programa de pós-graduação que possibilita uma experiência prática e teórica para os médicos que pretendem se tornar pediatras.
Porém, é importante entender os requisitos, conteúdos e as dúvidas que permeiam essa especialização.
Por essa razão, mostraremos neste artigo detalhes importantes para quem deseja realizar residência em pediatria.
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Como escolher o melhor programa de residência em pediatria
Uma das decisões mais importantes para um médico recém-formado é escolher o programa de residência mais adequado. A residência em pediatria é um programa de pós-graduação lato sensu que habilita o médico a atuar como especialista em saúde da criança e do adolescente.
Para conseguir ingressar na residência em pediatria, é necessário realizar um processo seletivo que envolve uma prova teórica, uma análise curricular e uma entrevista.
Escolher em qual instituição realizar a residência pode ser uma dificuldade, afinal, são muitas organizações, por isso, trouxemos alguns critérios para ajudar nesse processo de escolha, veja abaixo:
1. Reputação
Analise a reputação da instituição de ensino e do serviço de pediatria onde o programa é oferecido. Características como a infraestrutura, recursos didáticos, os métodos de avaliação e a qualificação dos docentes e preceptores.
Observe opiniões de ex-alunos sobre a qualidade do ensino e o suporte pedagógico, afinal eles já trilharam o caminho que você está pretendendo trilhar.
2. Grade curricular
É importante que a grade curricular e a carga horária do programa de residência em pediatria contemple as competências exigidas pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pelo Ministério da Educação (MEC).
3. Infraestrutura e recursos materiais
A infraestrutura e os recursos materiais disponíveis para o ensino e a assistência aos pacientes pediátricos são pontos importantes para se analisar a instituição.
Aspectos como estruturas das salas de aulas, laboratórios, bibliotecas, enfermarias, laboratórios precisam ser amplos, arejados e seguros para as aulas práticas e teóricas.
4. O corpo docente
Os professores e a equipe multiprofissional que atuam no programa de residência em pediatria precisam ser bem qualificados e ter experiência na área para poder transmitir o conhecimento com mais didática.
5. Estágios eletivos ou complementares
Em alguns casos, a instituição pode impossibilitar a realização de estágios eletivos ou complementares em outras instituições, ou áreas de interesse.
Isso acontece, geralmente, quando não estão previstos ou regulamentados no Projeto Político Pedagógico (PPP) do programa de residência em pediatria, ou não estão autorizados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRMS).
Por isso, é importante avaliar a possibilidade de realizar estágios eletivos ou complementares em outras instituições, ou áreas de interesse.
6.A remuneração e os benefícios oferecidos
A Lei nº. 12.514, de 28 de outubro de 2011, regulamenta alguns benefícios concedidos para os médicos residentes. Alguns benefícios como auxílio-alimentação, licença maternidade, seguro saúde e férias estão compreendidos na legislação.
Porém, a instituição pode fornecer outros benefícios de forma espontânea, por isso é importante analisar os benefícios oferecidos.
Residência em pediatria: tudo o que você precisa saber sobre a especialidade
Especialização
A residência em pediatria abrange desde a criança desde o nascimento até os 18 anos, com foco na prevenção, promoção e recuperação da saúde biopsicossocial dos pacientes.
Requisitos
É necessário possuir a graduação em medicina, além da aprovação em processo seletivo para poder ingressar na residência em pediatria.
O processo seletivo varia conforme a instituição, e pode incluir, além do processo, uma entrevista e analise curricular.
Duração
A duração da residência em pediatria é de, no mínimo, três anos, conforme determinado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) em 2019.
Atividades teóricas e práticas
A residência em pediatria é composta por atividades teóricas e práticas, isso compreende aulas, seminários, e também atendimentos ambulatoriais, internações hospitalares, urgências, emergências, etc.
O residente será exposto à diferentes segmentos de atuação da pediatria, como neonatologia, nutrologia, nefrologia, neurologia, infectologia, cardiologia, pneumologia, reumatologia, puericultura, entre outros, para que o profissional tenha uma formação ampla e sistêmica.
Supervisão
A supervisão da residência em pediatria é realizada por um preceptor (médico pediatra experiente e qualificado para isso). O preceptor é o responsável por realizar a supervisão do residente.
O preceptor está incumbido de orientar, avaliar e acompanhar o residente, tanto nas atividades teóricas, quanto, na prática, garantindo assim a qualidade da formação do profissional e a segurança dos pacientes.
Estágios
Os estágios podem ser eletivos ou complementares realizados em outras instituições, ou áreas de interesse (previstos e autorizados pelo programa). Os estágios precisam ser compatíveis com o currículo do programa e devem ser supervisionados pelo preceptor responsável.
Remuneração
A bolsa mensal de um residente é de R$ 3.330,43, segunda a lei nº 12.514/2011, porém pode ser complementada pela instituição. A bolsa é paga pelo Ministério da Educação(MEC) ou pelo Ministério da Saúde, dependendo do tipo de residência.
Pediatria, residência e tempo de duração: por que mudou para 3 anos?
Uma determinação da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) alterou, em 2019, a duração da residência em pediatria de 2 para 3 anos duração.
Segundo o órgão, essa mudança tem o objetivo de adequar a formação do pediatra às novas demandas da sociedade e da profissão.
Com essa ampliação do período, o residente terá mais tempo para colocar em práticas seus conhecimentos médicos.
Além disso, a mudança também objetiva nivelar a duração da residência em pediatria com outras especialidades clínicas, como dermatologia, clínica médica, endocrinologia, geriatria, entre outas já têm possuem três anos de duração.
Residência de pediatria e o tempo duração: como é a estrutura e o conteúdo programático dos 3 anos?
A estrutura e o conteúdo programático da residência em pediatria durante os 3 anos são divididos em R1, R2 e R3, veja abaixo um resumo de cada etapa:
R1 (Primeiro Ano)
Nesta etapa, o residente desenvolve conhecimentos e competências básicas para analisar e orientar o crescimento e desenvolvimento na infância e adolescência.
R2 (Segundo Ano)
Nesta fase, o residente intensifica seu aprendizado em conhecimentos nas diversas áreas de atuação pediátricas.
As subespecialidades que possuem maior complexidade técnica e científica, como neonatologia, nutrologia, nefrologia, neurologia, infectologia, cardiologia, pneumologia, entre outras, são estudadas e praticadas nessa etapa.
R3 (Terceiro Ano)
Nesta etapa, o residente estuda e aplica seus conhecimentos e competências nas áreas medicina intensiva pediátrica e neonatal. Além disso, também inclui estágios rotatórios em UTI’s pediátrica e neonatal em regime hospitalar.
Considerações Finais sobre a Residência Pediátrica
A residência em pediatria é uma das opções de especialização para os médicos que pretendem se dedicar à promoção da saúde da criança e do adolescente.
Para poder atuar nessa especialidade, é necessário realizar um processo seletivo e, depois, cumprir um programa de três anos de duração.
A escolha do melhor programa de residência em pediatria depende de diversos fatores, como a qualidade da instituição, quantidade de vagas, localização, o perfil do médico e seus objetivos profissionais.
Esperamos que este artigo tenha esclarecido algumas das dúvidas frequentes sobre a residência em pediatria e que possa ajudá-lo a tomar uma decisão consciente sobre o seu futuro profissional.
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Fontes: